A migração da sociedade do trabalho para uma sociedade em nuvem provocou grandes transformações em nossa forma de pensar. Mudar o eixo de produção dos objetos materiais para os bens imateriais demandou esforços não tão triviais em uma perspectiva onde a gestão da informação gerou em si mesma a descentralização do poder dando espaço à ações colaborativas.
A produção de “algoritmos de pensamento” transcritos em linguagens de programação deu origem a uma era onde a moeda de troca passou a ser a forma de se pensar. Mas será que possível capitalizar o pensamento? Parto do princípio que não. A inteligência é algo que flui num complexo de relações onde as conexões são feitas de maneira hipertextual. Tentar aprisionar essas relações em um software passa a ser uma atitude em vão, já que barrar essas conexões demandaria um arcabouço operacional capaz de dar conta de um conjunto infinito de soluções.
Presenciamos uma cultura onde a disseminação das tendências encontra nas tecnologias da informação e comunicação, um meio bastante veloz de propagação. A idéia do software livre influenciados pela proposta da web 2.0 e futuramente pela web semântica, só nos alerta que será uma questão de tempo para a queda da tentativa de se monopolizar o pensamento. Em substituição a ideologia capitalista, encontramos nas soluções colaborativas opções razoáveis de socialização e compartilhamento de idéias em prol de um coletivo onde não há espaço par sistemas fechados de raciocínio. Viva a colaboração.
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